Ah, ela é assim
5:35 AM
O problema dela é medo, medo de sair do eixo,
do sério, do chão, medo de enlouquecer de amor, de dar e não receber, de
se entregar e nunca mais se ter de volta. É medo, rapaz, é o medo que
prende o coração dessa menina maluquinha bem fundo no peito, que nem baú
do tesouro, sabe? E quem quiser que vá a luta, brigue, conquiste.
Precisa ter coragem pra ultrapassar as barreiras que ela nem sabe que
criou, pular os desafios e chegar no ponto certo, na hora certa.
Pra
ganhar o amor dela só roubando, vindo de repente sem ser convidado e
invadindo o peito e a alma com sede de romance. Não pode pedir licença,
nem desistir no meio da batalha, ela precisa de alguém que vá até o fim,
que vença seu medo e destrua a armadura que ela inventou pra impedir
que qualquer um entre, só pra ela ter certeza de que vale a pena ir
também, precisa de alguém que segure com força sua mão e não a deixe
cair. Ela tem essa marra toda e essa mania de parecer mais forte do que
é, e isso até assusta, mas, cara, é pura pose. Ela vai falar que não
nasceu pro amor e que não quer ser picada por esse bicho, balela,
historinha de quem quer fugir, mas também quer ser achada. Sorte de quem
descobri-la primeiro.
Ela é birrenta, indiferente e complicada. Cheia de problemas e desculpas e manias. Diz o que quer acreditar e finge que acredita. Bate o pé quando o assunto é se entregar, ela não quer, nem admite que talvez, só talvez, queira muito. Não confessa, mas espera, quase sem perceber, por esse cara que vai mudar suas visões e seu discurso desprendido. E ele vem, ela sabe, lá no fundo, um dia ele vem. E ela quer, mesmo que não diga, ela quer como um desses desejos mudos que a gente esconde do mundo só pelo prazer de ninguém saber. E quando ele chegar, ela vai fingir que nunca quis. Um amor desses, pra que? Ela diria, e sorriria depois com aquela mania de mudar a direção da conversa pra evitar algum equívoco, vai que sem querer admite que não é falta de vontade, é só medo de não valer a pena. Porque ela já ouviu algumas vezes que amor é jogo de azar, uma roleta russa às avessas, e ela não quer desperdiçar a única bala com uma dessas histórias destinadas ao fracasso.
Ela é birrenta, indiferente e complicada. Cheia de problemas e desculpas e manias. Diz o que quer acreditar e finge que acredita. Bate o pé quando o assunto é se entregar, ela não quer, nem admite que talvez, só talvez, queira muito. Não confessa, mas espera, quase sem perceber, por esse cara que vai mudar suas visões e seu discurso desprendido. E ele vem, ela sabe, lá no fundo, um dia ele vem. E ela quer, mesmo que não diga, ela quer como um desses desejos mudos que a gente esconde do mundo só pelo prazer de ninguém saber. E quando ele chegar, ela vai fingir que nunca quis. Um amor desses, pra que? Ela diria, e sorriria depois com aquela mania de mudar a direção da conversa pra evitar algum equívoco, vai que sem querer admite que não é falta de vontade, é só medo de não valer a pena. Porque ela já ouviu algumas vezes que amor é jogo de azar, uma roleta russa às avessas, e ela não quer desperdiçar a única bala com uma dessas histórias destinadas ao fracasso.
Não vai se permitir cair de joelho por quem ela
sabe que não vale a pena, nem se destruir nesses romances imaginários
que a gente inventa por desejar demais ser amado, sem ser. Ela não vai,
nem é, fácil de conquistar. É desafio dos grandes, mas se você não
desistir, rapaz, pode ser que seja você. E se for, ela vai saber fazer
valer a pena. Eu sei que vai. Porque ela acredita, desacreditando, que o
amor pode ser bonito, sim, e que, talvez, se alguém tiver coragem, ela
pode ter também.
Coração vale ouro, ela é que está certa.
Que vença o melhor pirata.
Coração vale ouro, ela é que está certa.
Que vença o melhor pirata.
Escrito por Gabriela Freitas do Blog Nova Perspectiva.
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Fonte: Luciana Vieira.
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